Ela não podia fazer nada!
Absolutamente nada!
A decisão estava tomada.
E era uma decisão dele, um problema dele. Ele tinha que resolver sozinho.
Ela ficou triste, mas estava segura que tinha feito a coisa certa.
“ Se você não vem comigo, eu não vou ficar aqui te esperando. E nem vou olhar para trás”
Ela não tem vocação para isso.
Já passou por poucas (ou seriam muitas?) e boas (ou ruins?) e já aprendeu que ninguém convence ninguém a amar.
Não se convence a sentir saudades, tesão, não se coloca borboletas na barriga de ninguém.
Ela estava triste, mas entre taças de vinho e risadas conseguiu dormir bem
E aí o dia amanheceu lindo!
E aí a florzinha amanheceu murcha, mas com brotos
E aí ela constatou o que já sabia – que o mundo não acaba, que os amigos continuam lá e que o sol sempre pode surpreender e aparecer quente, imponente, absoluto num dia de inverno - e que ela também pode!
Ouviu uma música que dizia “Como uma cigana, eu nunca fiz acordos e eu não vou voltar atrás porque a vida já me machucou. E eu não vou chorar (…) se vc quiser me deixar”
E aí ela parou de chorar, começou a cantar e a torcer para que “ Every little thing is gonna be all right”
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