terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Entreouvido por aí

      

Esta semana durante uma longa turbulência na qual fui obrigada a ficar no meu assento solitário no fundo do foker 100, sem querer ouvi uma conversa entre duas passageiras sentadas na última fileira de poltronas.
     Uma delas estava agoniada, desesperada porque estava se dando conta que estava apaixonada pelo amigo do namorado (ou quase namorado, pelo que pude enteder).

     A angustiada balzaquiana confidenciava à amiga que não sabia mais o que fazer, que quando encontra o tal amigo (Marcelo) o mundo parava, ela não ouvia mais nada, não via mais nada.
E se sentia tão culpada! 
Porque o namorado (ou prentendente a ) era super legal, carinhoso e parecia nem tomar conhecimento da situação.
 E a namorada do Marcelo também! Parecia adorar a companhia dela! até reclamava do galã para a nova "amiga".

- Mas e ele, será que já sacou? será que a parada é recíproca? - perguntava a amiga
- Sei lá! às vezes parece que sim! quando a gente se encontra, nao para de conversar! Temos muito mais em comum um com o outro do que com nossos respectivos romances. Ele esquece da namorada e eu nem lembro que o Rô existe...
- Tá lascada amiga! - sentenciava a outra! - O que você pretende fazer?
- Não sei! quero terminar o lance com o Rô, mas e o medo de não encontrar mais o Marcelo???  Eu tõ tão fissurada que outro dia editei no computador uma foto que tiramos os 4 juntos. Cortei a menina e o Rô! Estou enlouquecendo...

- Eu acho que você devia se declarar! Abrir o jogo! Voce não quer mesmo ficar mais com o Rodrigo... não tem nada a perder!

Percebi que a amiga queria mesmo era ver o circo pegar fogo! 
Ou não.. sei lá!
Sei que me solidarizei muito com a apaixonada! Quase me meti na conversa!
Sei bem o que ela está passando! Como diriam os americanos "I've been in her shoes" e optei por simplesmente cair fora! 
Talvez abrir o jogo não seja tão má idéia assim!
Quem sabe ele também não está na mesma vibe e eles resolvem fugir para a Indonésia e viver felizes para sempre?
E se ele não tiver, ela pode ir sozinha e aproveitar a viagem para se apaixonar...por outro - com o cuidado de conhecer os amigos antes para não correr o risco de errar de novo! 

O que não pode é se arrepender do que não fez. Ficar com a dúvida do "e se..."

A turbulência parou, elas continuaram conversando mas eu não ouvi e não sei o que ela resolveu, mas fiquei torcendo para que tudo se encaixe e que o ano novo deles (dos 4!) traga boas surpresas!







Um comentário:

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