O texto de hoje não é meu, apesar deste alguém muito querido que me pediu para ficar anônimo, estar "roubando" o meu estilo!
Com vocês, o convidado da vez!
Boa leitura !
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Noite de terça feira, tarde da noite. Ela tenta um último consolo e apoio ligando para seu primo, quase irmão, mas sem sucesso. Claro que ela tem muitos amigos e família grande, mas quem iria entendê-la e escutá-la senão alguém calejado assim como ela? Sim, isso mesmo, ambos passaram por poucas e boas!.
Em seu momento solitário em seu apartamento escuro e já em silêncio, ela se dirije para sua varanda e fitando o mar ao longe e também a amplitude da paisagem, se faz uma pergunta:
- Tem alguém aí?
- Tem alguém aí ?
A resposta não demorou a vir, silenciosa e reveladora da realidade.
Ela então se deu conta de que aquela garrafa de vinho que bebera solitária após um longo e estressante dia, tinha lhe dado mais do que um relaxamento e o prazer de um bom Cabernet. Ela tinha escancarado sua cabeça e seu coração para o que ela aguentava firme e forte durante todo um ano difícil.
A resposta de sua pergunta ainda pairava em sua mente, silenciosa, como alguém que vc sabe que tem que chegar mas não chega nunca. Ela então parou e descobriu a resposta naquele silêncio. Não há ninguém além de vc! Vc está sozinha e não pode fraquejar agora! Dê um jeito, quem pode resolver por vc?
Ela se via no meio de uma equação quase quantica com dezenas de variáveis e quase impossível de se chagar a um resultado correto. Ela não era brilhante, nunca foi e não seria agora que o seria. Aquela equação estava sendo demais pra ela. Sentia saudade de uma coisa e repulsa da outra, sentia-se incompetente de um lado mas guerreira do outro. Abandonada a própria sorte mas também cercada de amigos. Sentia que suas forças estavam se esgotando, sentia-se num labirinto onde a cada curva via uma esperança, mas logo na curva seguinte dava de cara num caminho sem saída, tendo que voltar e encontrar outro caminho.
Ela sabe agora , depois de algumas horas em sua varanda olhando o mar, que um bom Cabernet pode ajudar a parar e repensar nossa estratégia. Parar no acostamento e descansar um pouco, olhar em volta, apreciar a paisagem mesmo que seja numa tempestade.
Ela agora está cansada e parada no acostamento de sua vida, descansando um pouquinho e apreciando o que a vida lhe deu de bom. Parada ali ,no acostamento, ela consegue a tranquilidade de perceber que nem tudo é ruim, mas sabe que amanhã terá de encarar o velho labirinto cheio das equações quase insolúveis com suas variáveis quanticas.
Ela sabe também que quando procurar em sua mente aquela resposta, a única que surgirá será o velho silêncio da madrugada.
Aguente firme garota!
Vixe, foi assim comigo ontem, depois de ter passado três semanas que terminei. Só que comigo foi um Malbec...
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