quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ainda sobre escolhas (políticas desta vez!)

Ontem foi votada e vetada no senado a proposta de emenda que proibia os senadores de escolherem como seus suplentes, parentes diretos.
Eu, que já acho um absurdo senador ter suplente, achava que essa história de parente direto caia naquela regrinha do nepotismo.
Como escrevi sobre escolhas no post passado (na verdade para introduzir um outro texto), não posso deixar de escrever aqui sobre o que disse o ilustríssimo senador Roberto Requião:

"Nós estamos roubando ao povo a possibilidade de escolher. Por que não o pai e a mãe? Por que não o filho, a filha e o sobrinho? Não. Há um moralismo udenista meio estranho nesse processo. Mas a namorada pode, não pode a esposa; o financiador de campanha pode, não pode um parente próximo”

Não senador! Não pode nem filho, nem pai, nem mãe, nem financiador de campanha , nem namorada, nem ninguém! 

E porque o sr. acha que está roubando ao povo a possibilidade de escolher? por acaso sou eu quem escolhe o seu suplente? Nananina! Eu , quer dizer, eu não! porque EU JAMAIS VOTARIA EM VOCÊ , mas quem votou, votou no sr. e não no seu filho, ou esposa ou seja lá quem que o sr. tenha escolhido para ser o seu suplente.
Eu acho (e acho que deveria ser assim também para presidente, governador e prefeito), que o vice, (ou, neste caso, o suplente) deste ou daquele cargo deveria ser o segundo mais votado para AQUELE CARGO. Afinal, se ele ficou em segundo lugar é porque muita gente votou nele também, logo, teria legitimidade para isso.
Não é assim que funciona em olimpíadas, por exemplo?
Se a medalha de quem chegou em 1º for "cassada" , a medalha de ouro vai para quem chegou em 2º, não é isso?
Na última eleição para senador, lembro bem que os candidatos do Rio de Janeiro eram, em geral, uma boa porcaria.
Venceram Lindberg Farias , com 28,65% dos votos  e Crivella, com 22,66% - o que mostra que nenhum deles tinha a esmagadora maioria.
Em 3º lugar ficou Jorge Picciani, com menos de 2% de diferença de Crivella (20,73%)
Marcello Crivella, que tem um projeto de lei propondo que manisfestações populares, como as que tem acontecido pelo Brasil sejam consideradas ATOS TERRORISTAS ( É! ISSO MESMO!), foi escolhido para assumir o "importantíssimo" ministério da pesca, deixando em seu lugar seu suplente, Eduardo Lopes, que por sua vez, mantém uma página na internet se intitulando SENADOR Eduardo Lopes.
Pelo meu raciocínio, quem deveria ter assumido, deveria ser o não menos pior, Picciani, que pelo menos teve votos de uma parcela do (burro, na minha opinião) eleitorado carioca e , quem sabe, teria votado a favor da tal PEC.
Eduardo Lopes (o suplente)  teve a pachorra de dizer ontem em seu voto (contra, é claro) que "Em todas as cenas que eu vi das manifestações nas ruas, eu não vi em nenhuma faixa escrito que era para se tirar os suplentes de senadores”

Ahhhh então a gente tem que ir prá rua com faixas detalhando tudinho? nos mínimos detalhes?
Dizer que BASTA de corrupção, que queremos transparência não e o suficiente?
ok! 
Aí está o seu cartaz, sr. suplente-não-leito-por-ninguém 




Tá bem explicado agora ou quer que a gente desenhe?



Um comentário:

  1. quem votou contra a PEC:

    Alfredo Nascimento (PR-AM)
    Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) - Suplente
    Ataídes Oliveira (PSDB-TO) - Suplente
    Blairo Maggi (PR-MT)
    Clésio Andrade (PMDB-MG) - Suplente
    Eduardo Lopes (PRB-RJ) - Suplente
    Epitácio Cafeteira (PTB-MA)
    Gim Argello (PTB-DF) - Suplente
    Ivo Cassol (PP-RO)
    Jader Barbalho (PMDB-PA)
    Jayme Campos (DEM-MT)
    João Vicente Claudino (PTB-PI)
    Roberto Requião (PMDB-PR)
    Ruben Figueró (PSDB-MS) - Suplente
    Sérgio Petecão (PSD-AC)
    Wilder Morais (DEM-GO) - Suplente
    Zezé Perrella (PDT-MG) - Suplente
    Sérgio Souza (PMDB-PR) - Abstenção - Suplente

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