segunda-feira, 16 de julho de 2012

Para ser sempre (bem) amada

Ontem fui ao cinema
Filminho francês.
Bem francês! Cenas em close, de ângulos incomuns, fotografia ótima e longo, muiiiiitooooo longo!
"Le bien-aimés" é um filme sobre relacionamentos como eles são (ou podem se tornar) na  a vida real - longos e chatos!
Até os 90 min o filme ia bem, mas daí em diante o diretor perdeu a mão - exatamente como a gente costuma fazer na vida real.
Quantas vezes não fazemos a mesmíssima coisa?
Por vaidade, ou por querer ver mais um pouquinho daquilo que a gente quis tanto, a gente exagera, passa do ponto, faz a coisa desandar?
Quantas vezes a história não ia bem até os 45 do segundo tempo e aí, pronto! Quando a gente podia matar o protagonista e simplesmente seguir em frente, sair do cinema, tomar um chopp e ir  dormir a gente não vai discutir o roteiro (coincidentemente DR), querer mudar  e prolongar a vida útil das personagens  e acaba levando tudo o que poderia ser ótimo (ou pelo menos razoável) para o abismo?
Estragando tudo e deixando um gosto amargo, uma sensação estranha e uma ideia feia de nós mesmos?
Quantas vezes não deveríamos ter deixado a história acabar quando ela agonizou, protegendo assim tudo de bom que ela tinha nos dado até ali?


A história do filme agonizou duas vezes.
O diretor teve duas chances de fazer um filme, digamos, interessante.
Mas preferiu imitar demais a vida real e caiu na esparrela de se alongar, de querer mais um bocadinho do que já acabou. De raspar o tacho, esgotar as possibilidades e matar a chance de ter outra oportunidade!


Tomara que eu me lembre de como o filme se tornou chato e não cometa  mesmo erro quando alguma história agonizar na minha frente, implorando para ser terminada com dignidade e lembrada com um sorriso de saudade.

2 comentários:

  1. Baita comentário, Tania. Boa escrita, curti!
    Go ahead!

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  2. Já viu o meu?
    Uma palhinha aqui:
    http://www.chutebol.blogspot.com.br/2012/05/dia-das-maes-afeto-consumo.html

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