quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A delícia de amar (e ser amada!)


Uma vez uma cartomante me disse que eu não tinha alma gêmea. Fiquei arrasada e ela me acalmou dizendo "mas isso é bom, minha filha, quer dizer que você não tem Karma com ninguém! Está livre para amar e ser amada!"
Ela tinha razão!
Olhando a coisa por esse prisma, tudo ficou mais fácil e eu comecei a me permitir mais, me jogar ainda mais e aproveitar muito mais dos amores que a vida me deu.
Em matéria de amor, realmente não posso reclamar! Meu cupido é eficiente e não é nada preguiçoso - está sempre a postos! Às vezes faz besteira, erra o alvo, mas não dorme no ponto!
Tanto que ele começou cedo. Tive meu primeiro amor na infância e posso afirmar que não era uma paixonite, era amor de verdade!
Eu sofria por ele, chorava quando ele aparecia com uma namorada nova. Minhas pernas tremiam e meu coração acelerava só de ouvir a voz dele.
Acreditava piamente que íamos nos casar quando eu crescesse (ele jurava que ia me esperar, mesmo tendo quase 20 e eu uns 4, 5 anos!).
Quase 20 anos depois, quando eu já tinha tido outros amores e ele alguns casamentos, ele me convidou para ir ao cinema - não lembro que filme vimos, mas lembro do meu coração batendo tão alto que eu achava que ele podia escutar e, mesmo não tendo rolado nenhum beijinho, esse foi um dos dias mais felizes da minha vida!
No início da adolescência me apaixonei perdidamente por um amigo do antigo amor.
Depois, aos 15 anos namorei um menino que foi morar na Europa, nos escrevíamos  quase todos os dias, e mesmo as cartas chegando com quase 1 semana de atraso (é, naquele tempo não tinha email!), eu esperava ansiosa pelo carteiro na porta de casa. Quando ele votou e terminamos meses depois, eu achei que ia morrer! Lembro de falar (chorar) prá minha mãe afirmando que eu nunca mais iria amar alguém como amava ele.
Qual nada! Já disse que meu cupido é eficiente, né? Fui flechada de novo e de novo e por cada um senti um amor único, especial, infinito enquanto durou.
No meio deles algumas paixões, não menos felizes, e dois casamentos (felicíssimos enquanto duraram!) que me fizeram aprender a amar cada vez mais e melhor. Respeitar e adorar as peculiaridades de cada amor.
Como não amar de verdade alguém com quem se dividiu a vida por quase 8 anos?  Ou alguém com quem se imaginou uma família, com nomes dos filhos e rotina -"quando eu passar pra promotoria fica mais fácil...até lá você já está fazendo só voos internacionais e fica mais em casa"- como dizer que isso não foi amor?

Hoje não consigo escolher um "grande amor" ou o "amor de verdade".
É claro que os mais maduros tiveram maiores consequências, mas todos eles foram reais e alguns deles perduram - se transformaram em amor fraternal, amor pela pessoa e não só pelo homem.
E, vou confessar, me orgulho muito disso! Significa que também fui única e importante na vida de cada um deles, e que eles me respeitam também como pessoa, pela mulher que me tornei .
 Nem vou falar aqui do outro ramo desse sentimento sublime - o amor pela família, pelos amigos , que é a família que escolhemos...Isso merece um outro post!
Este foi  mesmo só para homenagear os meus amores e fazer vocês lembrarem dos amores de vocês  (quem teve a felicidade de ter ao menos um). Do frio na barriga adolescente, do sorriso quando éramos surpreendidos por aquele "alô" familiar, sem bina ( hoje a gente sorri quando lê o nome no visor - perdeu um pouco a graça!).
Para agredecer - a Deus, ao cupido, aos astros - pela alegria que é amar e se saber amado e para pedir que todos eles continuem conspirando para que os melhores amores continuem entrando em nossa vidas e nos fazendo sorrir, chorar, dançar na frente do espelho, nos tornar patéticos e adorar tudo isso!

Que venha o próximo!









Um comentário:

  1. "L" - is for the way you LOOK at me
    "O" - is for the ONLY ONE I see
    "V" - is VERY VERY extraordinary
    "E" - is EVEN more than anyone that you adore can LOVE

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