A verdadeira história do Cupido

Assim como na semana do dia das mães, nesta, do dia dos namorados, não se fala em outra coisa!
É coração nas vitrines, promoção de shopping e muitas festas de solteiros para arrumarem um par - a grande meta da vida de muita gente! 
Tanto que o que tem de livro, programa de tv e site que promete fazer o cupido acertar a flecha na pessoa certa, não está no gibi!
Há algum tempo comecei a ler um desses livros - por curiosidade, para ter material para escrever e, claro, para ver se dá certo mesmo (rs) !
Logo no primeiro capítulo vi que só serviria mesmo para ter assunto - uma balela só!
De cara a autora me diz que "Deus, em sua sabedoria e bondade, ao criar cada alma, deu-lhe a forma arredondada  de uma esfera. Depois cortou a esfera em duas partes e colocou cada metade em um corpo diferente" 
Ahhhh pera lá! 
Desde quando isso é sabedoria? E bondade?
Se isso é verdade isso foi uma tremenda de uma sacanagem, isso sim! 
Passe alguns dias pensando nisso e acho que a autora em questão está redondamente enganada! 
Fui buscar lá no fundo da caxola uma explicação e a encontrei. 
É puro devaneio, mas bem que a história podia ser assim: 

No começo, quando tudo era perfeito, todo mundo tinha mesmo uma alma esférica e completa, até que um dia, uma legião de anjinhos fanfarrões, amiguinhos daquele que caiu do paraíso, resolveram fazer a brincadeira de péssimo gosto de cortar a esfera em 2 partes e colocar cada metade em um corpo diferente.
Esses anjinhos eram conhecidos como CUPIDOS .
No dia seguinte, quando Deus viu a zona que esses baderneiros fizeram deu-lhes como castigo a missão de arrumar a bagunça, dando um jeito de juntar todas as almas separadas. Para isso deu a cada um deles um arco e uma flecha a qual continha um veneno imantador, capaz de atrair as metades.
Então, a apartir de então eles saem por aí tentando achar as metades perdidas.
Alguns deles aprenderam a lição e realmente procuram com afinco.
A maioria destes anjinhos, porém, continua com a índole fanfarronista de outrora e sai flechando a torto e a direita qualquer par, se divertindo com a confusão causada nos corações dos pobres mortais.
Daí, o pobre Santo Antônio sofre com pedidos impossíveis,´ano após ano, ficando dias, meses, imerso de cabeça para baixo, todo amarrado e sem o menino Jesus num copo d'água até que o cupido resolva fazer o trabalho dele direito...


Continuando com meu devaneio, eu já desisti de pedir ajuda para Santo Antônio e agora já faço promessa para São Longuinho, afinal de contas, é para ele que a gente pede quando quer encontrar alguma coisa, não é?

Se o seu cupido é como o meu, que ainda não se entendeu com São Longuinho e vive atrapalhado com as flechas, sugiro que você dance conforme a música e divirta-se! 
Quem sabe assim, com a felicidade, sua alma não desenvolva a capacidade de se autocompletar, você mande o cupido procurar a turma dele e finalmente você encontre a sua - a dos completos! Completamente felizes!