Viver e não ter a vergonha de ser feliz!
Esta semana fez um ano que me mudei e ontem lembrei disso.
Parece que foi há muito tempo e ao mesmo parece que foi ontem.
Ainda tenho prateleira e moldura pra pendurar, ainda não tenho meu cactus no canto da sala.
Já não tenho mais tanto medo de dormir sozinha, ainda me incomodo muito com o barulho da rua.
Sinto falta do "Deus te abençoe" de todas as noites e toda noite agradeço a Ele por ainda ter a oportunidade ter esta benção a um telefonema de distância.
Um ano do fim de um processo doloroso e necessário de separação, de corte do cordão umbilical.
Como eu previa, tudo está em seu lugar. Tudo está bem.
Não perfeito, mas bem.
Ainda não recebi nem metade dos amigos que eu gostaria, não fiz um openhouse oficial, mas todos os que eu recebi foi do jeitinho que eu imaginava - sem a procupação de incomodar, sem a sensação de invasão .
Ao longo deste ano me dei conta de que morar sozinha não é tão simples.
A louça não é auto-limpante, as roupas não vão sozinhas para a máquina de lavar e quando o condomínio resolve fazer uma obra, é você quem tem que se virar para estar em casa ou pedir para que alguém esteja.
Tudo isso me fez crescer, amadurecer e agradecer por estar passando por toda esta mudança por escolha e não por necessidade.
Seria terrível toda essa mudança sem a minha mãe por perto, mesmo que fosse só pra dizer : "quem mandou querer morar sozinha?"
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